domingo, 31 de julho de 2011

Drogas, contra o que estamos exatamente?

Inocente, até ingênuo, me considero por ter acreditado que a proibição do uso de certas substâncias estava relacionada ao mal que podiam causar numa pessoa ou numa sociedade.

Cego, daqueles que não querem ver, me considero por não notar que a violência vem do método empregado, da criação de um crime.

O Estado não pode punir você pelo mal que você faz a você mesmo, e pior ainda, punir pelo que eles acham que seja um mal praticado contra o próprio autor.

O documentário Cortina de Fumaça mudou minha visão sobre o tema de Criminalização das Drogas. Álcool e tabaco são mais prejudiciais a saúde que ecstasy e LSD. Ninguém, pelo que se sabe, morreu de overdose de maconha. Acidentes e brigas catalizados pelo álcool matam mais do que overdoses de cocaína.

Não que eu tenha me tornado a favor do uso de drogas, mas percebi que o método - criminalização - só está causando novos problemas e é baseado na combinação destrutiva de ignorância de uns e interesses de outros.



'Primeiro, eles vieram atrás dos comunistas.
E eu não protestei, porque não era comunista.
Depois, eles vieram pelos socialistas
e eu não disse nada, porque não era socialista.
Mais tarde, eles vieram atrás dos líderes sindicais.
E eu calei, porque não era líder sindical.
Então, foi a vez dos judeus.
E eu permaneci em silêncio porque não era judeu.
Finalmente, vieram me buscar.
E já não havia ninguém para protestar." (Martin Niemoller, pastor protestante, sobre os nazista)